Dentre os vários cases de fusão entre empresas, trazemos para a discussão o do Itaú e Unibanco, ocorrido no final de 2008. Vencedor do Prêmio Aberje 2010 na categoria Comunicação e Relacionamento com o Público Interno, a fusão do Itaú Unibanco se demonstrou um grande sucesso amparado por uma campanha de comunicação estruturada.
Foi em 2008 que as reuniões começaram entre os dois bancos brasileiros, de forma sutil evitando a grande exposição da mídia sob esse assunto. Porém, no final do mesmo ano a notícia se espalhou, causando grande burburinho no mercado financeiro nacional e entre os 100 mil empregados das respectivas empresas.
Essa mudança organizacional aconteceu, por meio de duas etapas da campanha de comunicação: primeiro a que objetivava a integração, uniformizando, assim, a comunicação interna, e a segunda, com a função de apresentar o novo banco, prezando a disseminação da nova cultura corporativa.
Tal posicionamento perante a fusão e escolha de investimento na comunicação, interna e externa, fez com que, em menos de um ano, a marca corporativa estivesse consolidada para seus públicos e que a empresa, em 2009, fosse considerada como uma das melhores empresas para se trabalhar pelo Great Place to Work e FIA.
Dessa forma, é nítida como a comunicação é fundamental nas empresas em tempos de mudança organizacional. Resultado desse notável posicionamento do Itaú Unibanco foi o nome dado ao case: “Fusão Itaú Unibanco – Comunicação que Integra”. Além disso, saber se posicionar perante a mudança, e conseguir conciliar os objetivos de negócio da empresa com o andamento das atividades internas é um grande desafio.
Deve-se lembrar e programar as ações da nova empresa, após a fusão, considerando que estão fundidas e não apenas incorporadas. Assim, não há apenas uma cessão de direito a empresa mais forte para liderar e instituir o modelo de negócios, e, sim, a idéia de que individualmente não existem mais, devendo, então, contar com uma relação mútua para que essa nova unidade funcione como única.